Quando, diante da lei, os nubentes assinaram o contrato?
Será o contrato o vínculo de Deus?
Um casal se une diante de um altar, perante um sacerdote e testemunhas…
O ritual será o vínculo de Deus?
O elo Divino não é feito de papel, nem de cerimônia pomposa.
Que é este misteroso vínculo indissolúvel, que o homem não pode separar?
É Deus mesmo que o define:
‘De modo que não são dois, mas uma só carne…’
Esta é a Divina União, que Deus abençõa e os homens não desfazem.
É o próprio Deus.
Deus, que é Amor.
Amor não é aquele que só consegue amar a perecível forma.
Por ser fácil, é vulgar amar a formosura da forma.
Esse amor, que não vai além do apetite estético, é tão vulnerável quanto a própria beleza transitória. Dura somente o tempo que dura aquilo que o tempo, a doença e a morte desfiguram e extinguem.
O Amor liberto do tempo, das injunções existenciais, o Amor que perdura, os vulgares não conhecem, pois não entendem o que é amar a Essência, que transcende as formas.
Somente os que já conseguiram penetrar em algumas camadas mais sutis e profundas de seu próprio universo interno, portanto, mais longe do ilusório, são capazes da libertadora aventura, da transcendente ventura de Amar.
Este amar Real também goza a forma.
Mas, em realidade, ama a Essência, que lhe dá Eternidade, Infinitude, Transcendência, Felicidade, Plenitude.”
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